terça-feira, 23 de dezembro de 2014

O NASCIMENTO DE BALDUR – “O BRILHANTE”, “O LUMINOSO”, “O BELO”

DEUS DA LUZ DA MITOLOGIA NÓRDICA
OBSERVE AS SEMELHANÇAS COM O NASCIMENTO DE JESUS


Baldur, o aguardado Deus Menino, nasceu um dia depois do Solstício do Inverno (do hemisfério norte) que tem a noite mais longa do ano. Seria no calendário de hoje, o dia 24 de dezembro, celebrando o renascimento do sol, a luz, pois a partir deste dias, eles começam a ficar maiores e as noites mais curtas.
Ele era o filho de Odin, o Deus Pai e Frigga, a Senhora, portanto meio-irmão de Thor. Nasceu iluminado por uma aura dourada. Cresceu e desenvolveu-se surpreendentemente rápido. Passou a fazer parte do concílio dos deuses ainda muito jovem, onde passou a revelar seu conhecimento mágico do alfabeto divino, as runas, e a cura através da plantas e imposição de mãos. Com uma aparência angelical, muito belo, radiante, resplandecente, claro, cabelo comprido, cachos loiros e olhos azuis, era a personificação da bondade.  era amado por todos e importava-se com eles e defendia os oprimidos.
Baldur nasceu para aumentar a capacidade de aceitação e tolerância, despertar o perdão e a compaixão, morrer e renascer. Era o mensageiro da “Idade de Ouro”, foi o único de deus a renascer depois do apocalipse (Ragnarok), a purificação do Universo e veio a ser “O Senhor” do Universo.
Seus símbolos eram a luz, o brilho, o anel, a coroa e a beleza. Era um deus martirizado pelo mal, portanto um deus sacrificial.
Ele morava em Asgard, em Breidablik, um lugar puro e luminoso, num templo dourado com pilares prateados com sua esposa Nanna (flor). Era muito feliz, mas de repente, passou a ter sonhos de presságio da sua morte e passou a ficar triste e deprimido. Desabafou com sua mãe Frigga, que para protege-lo percorreu os Nove Mundos, pedindo a todos os seres, vivos ou inanimados, que não lastimassem seu filho.
Para comprovar sua invulnerabilidade, colocou-se a prova dos deuses que arremessavam suas armas contra ele. Para alegria de todos, permaneceu ileso, transformando o teste numa alegre e divertida brincadeira.
Enquanto isso, Odin foi consultar uma profetisa. Montado no seu cavalo Sleipnir, atravessou a ponte Bifrost e seguiu até o obscuro Reino de Hel. Surpreso, constatou que ali estava tudo sendo preparado para uma grande festa. Desconhecendo o motivo, procurou pelo corpo inerte da renomada profetisa e entoando encantamentos rúnicos, despertou a vidente do sono da morte, fazendo-lhe várias perguntas, sem revelar sua identidade. Consternado, soube que a festa que estava sendo preparada, era para receber seu amado filho Baldur e sua esposa Nanna. Então indagou como ele morreria e a vidente lhe informou que seria morto por seu irmão cego, Hoedur. A profetisa mergulhou novamente em seu sono eterno e Odin voltou triste para Asgard. Lá Frigga informou-lhe de suas providências e o desesperado pai ficou aliviado.
Aborrecido, Loki observava a brincadeira dos deuses. Invejoso com a invulnerabilidade de Baldur, foi em busca de uma brecha para acabar isso. Disfarçou-se em uma velha e pensou em uma armadilha para Frigga que lhe contou que intercedeu junto a todos os seres pedindo-lhes que não ferissem seu filho. Então a velha (Loki) lhe perguntou se não havia esquecido nada ou ninguém a lhe prestar juramento, e Frigga, pensativa, lembrou-se que havia esquecido de pedir ao modesto e escondido visco, mas não se preocupou, acreditando que se tratava de uma planta inofensiva. Imediatamente Loki confeccionou uma flecha de um galho de visco e procurou Hoedur, o deus cego, retraído, solitário e obscuro irmão de Baldur, atiçando-o a participar da brincadeira. Contente por poder participar, deixou Loki direcionar a flecha em suas mãos para alvejar seu irmão e acabou matando o inocente Baldur. Caíndo inerte e morto,todos deuses que participavam da brincadeira, ficaram surpresos, estarrecidos e caíram em prantos.
Mas Frigga não desistiu de seu filho, e perguntou aos deuses, qual deles se dispunha a ir até Hel e lhe pedir o retorno de Baldur. O deus Hermond se ofereceu como mensageiro e cavalgando Sleipnir, chegou à ponte Gjallar guardada por Mordgud e lhe pediu passagem para penetrar o Reino de Hel. Ali, consternado viu o corpo do seu irmão Baldur. Implorou a Hel que devolvesse a vida a Baldur e o liberasse para voltar a Asgard. Hel impôs uma condição: se todas criaturas chorassem a morte do deus e implorassem por sua volta, ela o liberaria. Então, cheio de esperança, Hermond retornou para levar as boas novas aos deuses em Asgard, que imediatamente lançaram este pedido a todos os mundos. Porém, novamente Loki interferiu com outra maldade e, disfarçando-se como uma velha de nome Thokk que morava numa gruta, e recusou-se a derramar uma lágrima sequer, muito menos, implorar pela volta do luminoso deus.
Com essa decisiva recusa, os deuses, sem escolha, começaram a preparar a pira funerária de Baldur no seu navio Ringhorn, decorando-o com guirlandas e coroas de flores. Quando todos se despediram do amado companheiro, chegou a vez de sua esposa abraça-lo para a derradeira despedida. Então Nanna caiu fulminada pela dor de sua perda. Assim foi colocada ao lado do seu marido na pira funerária. Os deuses ainda colocaram preciosas oferendas na pira e Odin acrescentou seu anel mágico, Draupnir. Uma vez empurrado ao rio, o barco foi incendiado por uma flecha. Quando as chamas engoliam o navio, projetou-se no céu uma enorme luz incandescente.

Loki foi preso e ali permaneceu até o Ragnarok.

Para homenagear ao luminoso deus, costumavam seus companheiros e súditos, costumavam a entoar estas palavras:
Salve a ti, Baldur, o mais belo entre os Aesir. Filho do todo-poderoso Odin e de Frigga, aquela que tudo sabe. Amado companheiro de Nanna e pai de Forseti. Tu, que por traição e inveja foi parar em Hel, mas que renasce como a luz no fim dos tempos dos deuses. Com tua poderosa luz renovadora, venha depressa ficar comigo e me ajude pois preciso do seu amor, bondade e compaixão.  Hail, Baldur!
Fonte: http://iniciacaoasrunas.wordpress.com/2011/05/22/oracao-a-baldur/ 

CURIOSIDADE:
Segundo estudos, a música que entoamos no Natal: "Bate o sino pequenino, sino de Belém, já nasceu o Deus menino, para o nosso bem...", entre muitas outras, seriam músicas entoadas nos remotos tempos, para Baldur, com exceção da nome da cidade de Belem, que teria sido substituída!

Por ocasião da Páscoa, voltaremos a falar em Baldur e sua ressureição.



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