terça-feira, 30 de dezembro de 2014

O ÚLTIMO DIA DO FESTIVAL DO YULE



Encontramos na ”Roda Solar” ou “Roda do Ano”, o Festival do Yule  que é a época do Solstício de Inverno no hemisfério norte, quando Baldur, a Criança da Luz e do Sol nasce e depois de sua morte renasce todos os anos nesta época. Dentro da Tradição Nórdica, esta festa durava 12 dias, de 20 a 31 de dezembro, do nascimento do Deus Menino até o Ano Novo. Este era o mais importante de todos os festivais.
Neste período, vários deuses visitavam a Terra. Odin, o Deus Pai, viajava pelo céu com Sleipnir, seu cavalo de oito patas, deixando presentes para as crianças que penduravam suas botas ou meias nas janelas com açúcar para seu cavalo. Thor (o regente de Midgard e filho de Erda, a Mãe Terra) que sobrevoava Midgard com sua carruagem puxada por seus cabritos, jogava, na noite do nascimento de Baldur, brinquedos e doces para as crianças e para isto contava com a colaboração dos Elfos.


 OSERVAÇÃO: Nos tempos modernos da era cristã, Sleipnir ou os cabritos puxando a carruagem de Thor, foram transformados nas renas e o barbudo Odin ou Thor acabaram virando o Papai Noel. Até hoje existe na Noruega, uma estátua de Odin (ou Thor), que a Igreja acabou transformando na estátua de “São Nicolau”. A morte e o renascimento de Balder mostram o fim e o início de um Novo Ciclo. Por esta razão a religião cristã tentou sincretizar Balder com Cristo Ressuscitado, já que Balder também volta dos mortos para trazer Luz ao mundo.

                                                                                                                   Por Denis Magnus

Na véspera do Ano Novo, as moradias eram lavadas de baixo a cima, era feita uma faxina rigorosa e objetos não usados eram doados ou jogados fora. No dia primeiro de dezembro as coroas do advento do nascimento do esperado Deus Menino, com seus bilhetes de pedidos, juramentos ou compromissos, eram queimados para liberar os pedidos. Este período representava a renovação física e espiritual.

O último dia do Ano era uma festa muito alegre na comunidade, com muita comida e bebida, danças, canções e declamação de poesias. À meia noite atiravam flechas incendiadas para iluminar o céu, mas direcionadas para caírem na água, deixando a festa ainda mais animada, com muita luz e muito bonita.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

O NASCIMENTO DE BALDUR – “O BRILHANTE”, “O LUMINOSO”, “O BELO”

DEUS DA LUZ DA MITOLOGIA NÓRDICA
OBSERVE AS SEMELHANÇAS COM O NASCIMENTO DE JESUS


Baldur, o aguardado Deus Menino, nasceu um dia depois do Solstício do Inverno (do hemisfério norte) que tem a noite mais longa do ano. Seria no calendário de hoje, o dia 24 de dezembro, celebrando o renascimento do sol, a luz, pois a partir deste dias, eles começam a ficar maiores e as noites mais curtas.
Ele era o filho de Odin, o Deus Pai e Frigga, a Senhora, portanto meio-irmão de Thor. Nasceu iluminado por uma aura dourada. Cresceu e desenvolveu-se surpreendentemente rápido. Passou a fazer parte do concílio dos deuses ainda muito jovem, onde passou a revelar seu conhecimento mágico do alfabeto divino, as runas, e a cura através da plantas e imposição de mãos. Com uma aparência angelical, muito belo, radiante, resplandecente, claro, cabelo comprido, cachos loiros e olhos azuis, era a personificação da bondade.  era amado por todos e importava-se com eles e defendia os oprimidos.
Baldur nasceu para aumentar a capacidade de aceitação e tolerância, despertar o perdão e a compaixão, morrer e renascer. Era o mensageiro da “Idade de Ouro”, foi o único de deus a renascer depois do apocalipse (Ragnarok), a purificação do Universo e veio a ser “O Senhor” do Universo.
Seus símbolos eram a luz, o brilho, o anel, a coroa e a beleza. Era um deus martirizado pelo mal, portanto um deus sacrificial.
Ele morava em Asgard, em Breidablik, um lugar puro e luminoso, num templo dourado com pilares prateados com sua esposa Nanna (flor). Era muito feliz, mas de repente, passou a ter sonhos de presságio da sua morte e passou a ficar triste e deprimido. Desabafou com sua mãe Frigga, que para protege-lo percorreu os Nove Mundos, pedindo a todos os seres, vivos ou inanimados, que não lastimassem seu filho.
Para comprovar sua invulnerabilidade, colocou-se a prova dos deuses que arremessavam suas armas contra ele. Para alegria de todos, permaneceu ileso, transformando o teste numa alegre e divertida brincadeira.
Enquanto isso, Odin foi consultar uma profetisa. Montado no seu cavalo Sleipnir, atravessou a ponte Bifrost e seguiu até o obscuro Reino de Hel. Surpreso, constatou que ali estava tudo sendo preparado para uma grande festa. Desconhecendo o motivo, procurou pelo corpo inerte da renomada profetisa e entoando encantamentos rúnicos, despertou a vidente do sono da morte, fazendo-lhe várias perguntas, sem revelar sua identidade. Consternado, soube que a festa que estava sendo preparada, era para receber seu amado filho Baldur e sua esposa Nanna. Então indagou como ele morreria e a vidente lhe informou que seria morto por seu irmão cego, Hoedur. A profetisa mergulhou novamente em seu sono eterno e Odin voltou triste para Asgard. Lá Frigga informou-lhe de suas providências e o desesperado pai ficou aliviado.
Aborrecido, Loki observava a brincadeira dos deuses. Invejoso com a invulnerabilidade de Baldur, foi em busca de uma brecha para acabar isso. Disfarçou-se em uma velha e pensou em uma armadilha para Frigga que lhe contou que intercedeu junto a todos os seres pedindo-lhes que não ferissem seu filho. Então a velha (Loki) lhe perguntou se não havia esquecido nada ou ninguém a lhe prestar juramento, e Frigga, pensativa, lembrou-se que havia esquecido de pedir ao modesto e escondido visco, mas não se preocupou, acreditando que se tratava de uma planta inofensiva. Imediatamente Loki confeccionou uma flecha de um galho de visco e procurou Hoedur, o deus cego, retraído, solitário e obscuro irmão de Baldur, atiçando-o a participar da brincadeira. Contente por poder participar, deixou Loki direcionar a flecha em suas mãos para alvejar seu irmão e acabou matando o inocente Baldur. Caíndo inerte e morto,todos deuses que participavam da brincadeira, ficaram surpresos, estarrecidos e caíram em prantos.
Mas Frigga não desistiu de seu filho, e perguntou aos deuses, qual deles se dispunha a ir até Hel e lhe pedir o retorno de Baldur. O deus Hermond se ofereceu como mensageiro e cavalgando Sleipnir, chegou à ponte Gjallar guardada por Mordgud e lhe pediu passagem para penetrar o Reino de Hel. Ali, consternado viu o corpo do seu irmão Baldur. Implorou a Hel que devolvesse a vida a Baldur e o liberasse para voltar a Asgard. Hel impôs uma condição: se todas criaturas chorassem a morte do deus e implorassem por sua volta, ela o liberaria. Então, cheio de esperança, Hermond retornou para levar as boas novas aos deuses em Asgard, que imediatamente lançaram este pedido a todos os mundos. Porém, novamente Loki interferiu com outra maldade e, disfarçando-se como uma velha de nome Thokk que morava numa gruta, e recusou-se a derramar uma lágrima sequer, muito menos, implorar pela volta do luminoso deus.
Com essa decisiva recusa, os deuses, sem escolha, começaram a preparar a pira funerária de Baldur no seu navio Ringhorn, decorando-o com guirlandas e coroas de flores. Quando todos se despediram do amado companheiro, chegou a vez de sua esposa abraça-lo para a derradeira despedida. Então Nanna caiu fulminada pela dor de sua perda. Assim foi colocada ao lado do seu marido na pira funerária. Os deuses ainda colocaram preciosas oferendas na pira e Odin acrescentou seu anel mágico, Draupnir. Uma vez empurrado ao rio, o barco foi incendiado por uma flecha. Quando as chamas engoliam o navio, projetou-se no céu uma enorme luz incandescente.

Loki foi preso e ali permaneceu até o Ragnarok.

Para homenagear ao luminoso deus, costumavam seus companheiros e súditos, costumavam a entoar estas palavras:
Salve a ti, Baldur, o mais belo entre os Aesir. Filho do todo-poderoso Odin e de Frigga, aquela que tudo sabe. Amado companheiro de Nanna e pai de Forseti. Tu, que por traição e inveja foi parar em Hel, mas que renasce como a luz no fim dos tempos dos deuses. Com tua poderosa luz renovadora, venha depressa ficar comigo e me ajude pois preciso do seu amor, bondade e compaixão.  Hail, Baldur!
Fonte: http://iniciacaoasrunas.wordpress.com/2011/05/22/oracao-a-baldur/ 

CURIOSIDADE:
Segundo estudos, a música que entoamos no Natal: "Bate o sino pequenino, sino de Belém, já nasceu o Deus menino, para o nosso bem...", entre muitas outras, seriam músicas entoadas nos remotos tempos, para Baldur, com exceção da nome da cidade de Belem, que teria sido substituída!

Por ocasião da Páscoa, voltaremos a falar em Baldur e sua ressureição.



domingo, 21 de dezembro de 2014

FAÇA SEU PRÓPRIO ENFEITE DE NATAL

DE ACORDO COM OS SÍMBOLOS DA MITOLOGIA NÓRDICA





- Providencie galhos de pinheiro e azevinho naturais ou artificiais (no Brasil somente temos azevinho artificial), 2 ou 3 pinhas pintadas de dourado, 1 vela vermelha ou branca, 1 bloquinho de esponja verde para fixar os galhos que deve ser comprado em loja de objetos para decoração de flores, 1 spray dourado e/ou um prateado. Se quiser coloque também paus de canela cravados na esponja, bolas coloridas, laços. Use sua imaginação!


Azevinho

                                                         

Pinhas


Galhos de pinheiro


- Bloco de esponja para fixar os galhos, corte no tamanho que desejar fazer seu arranjo



Com uma tesoura de jardinagem, comece a cortar as hastes do pinheiro, reservando os maiores para os lados e os menores para o centro. Faça o mesmo com o azevinho. Agora inicie a espetá-los ao redor da esponja dando forma ao centro de mesa, como se vê na figura. Siga tampando a esponja.
Se usar pinheiro ou cipreste natural, sua casa ficará com um maravilhoso perfume! Recomendo colocar um prato ou bandeja embaixo para não manchar sua mesa ou toalha.



Outro modelo de enfeite


terça-feira, 16 de dezembro de 2014

COROA DE ADVENTO






COROA DE ADVENTO 
SEMELHANÇAS COM A COROA DE AZEVINHO USADA NO YULE DOS NÓRDICOS

Os Nórdicos usavam o Azevinho para fazer a coroa, porque era o único arbusto que se mantinha verde e não perdia as folhas no escuro e assustador solstício de inverno. Portanto, um símbolo de persistência, esperança e vida, trazidos com o nascimento do Deus da Luz.
O significado da coroa ser confeccionada em forma de círculo, é porque ele não tem início nem fim, como o amor que Baldur teria por nós na sua infinita e eterna bondade. Também tem o formato de uma aliança, um elo, um compromisso dele conosco e de nós com ele e para com todos os outros seres.
O círculo também representava o “eterno retorno”, o fim de um ano e o início de outro, a “Roda Solar” (ou Roda do Ano), na qual eles contavam solstícios e luas para marcar os anos.
Esta coroa era feita em 20 de dezembro, enfeitada com luzes, nozes, sinos e escritos contendo pedidos, compromissos ou afirmações para o próximo ano. Em festas familiares eram feitos, sobre este anel sagrado, juramentos, selados compromissos,  com cânticos e histórias sobre o nascimento festejado.
 No dia 2 de janeiro, o décimo segundo dia da festa, era queimada pela matriarca da família, para liberar os pedidos.
Este período de 12 dias, era o Festival de Yule. Uma festividade nórdica, no período que seria hoje, por cerca de 20 de dezembro a 2 de janeiro, cujos símbolos e datas, usamos até hoje.









segunda-feira, 8 de dezembro de 2014




A ÁRVORE DE NATAL (YULE) NA MITOLOGIA NÓRDICA


Para festejar o nascimento de Baldur, o Deus da Luz, os Deuses   Nórdicos   e os humanos de Midgard, enfeitavam pinheiros com luzes e alimentos.

Esta árvore representava Yggdrasil, a Árvore da Vida, por ser a única árvore sempre verde (evergreen), inclusive no rigoroso inverno e simbolizava a vida. Iluminavam e enfeitavam os pinheiros com estrelas e alimentos. As luzes representavam a iluminação que o Deus Baldur, filho de Odin (o Deus Pai) e Frigga (a Senhora), trazia nesta época de clima escuro e perigoso para eles e a esperança que este deus representava com sua infinita bondade. Os alimentos representavam o sustento da vida.

Diz a lenda, que a Deusa Idun, que tinha um pomar com as árvores das maçãs da vida e da juventude, pendurava nos pinheiros, estas maçãs para decorá-lo. Seria o motivo pelo qual enfeitamos nossas árvores de Natal com bolas, enfeites comestíveis e algodão (neve).

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

NATAL NA MITOLOGIA NÓRDICA


No Natal temos de lembrar Baldur, o Deus da Luz e do Sol, da Mitologia Nórdica, pois são fortíssimas as semelhanças com Jesus Cristo.

Baldur nasceu no Solstício de Inverno do hemisfério norte, portanto entre 21 e 23 de dezembro no Calendário Gregoriano e segundo fontes, por volta de 25 de dezembro antes deste calendário.

Como Jesus Cristo teria nascido durante a viagem de Maria e José, de Nazaré a Belém, para o recenseamento romano, não teria acontecido nessa época tão gelada, chuvosa e difícil de viajar.

Baldur era o Filho do “Deus Pai”, Odin e Frigga, sua consorte, “A Senhora” e irmão de Thor, por parte do pai. Também era o mais nobre, gentil e bondoso de todos os deuses e amado por todos. Excedeu a todos em delicadeza, prudência e eloquência. Tão belo que a luz dele se irradiava, envolvendo-o em luz, criava um halo de luz ao redor de sua cabeça.

Próxima semana continuaremos esta maravilhosa história, deste amável e misericordioso Deus!








sexta-feira, 21 de novembro de 2014

- Primeiro mito a se derrubar: 
fonte: esquinamagica.com
Os nórdicos não faziam sacrifícios humanos ou animais!

Isto foi intriga do cristianismo, bem como representar alguns de seus personagens como figuras demoníacas. Oferecer sangue e vítimas aos deuses foram feitas por todos outros povos, ceitas e religiões, inclusive a cristã não muitos séculos atrás, mas não pelo povo que cultuava os deuses nórdicos!

domingo, 16 de novembro de 2014

CURIOSIDADES E HISTÓRIA DA MITOLOGIA NÓRDICA


Surgida há cerca de 3.000 anos A.C., encontramos muitas semelhanças entre personagens, festividades e costumes da Mitologia Nórdica no cristianismo. Podemos perceber o sincretismo necessário para que o povo do Norte da Europa aceitasse o cristianismo, uma vez que foi a última região cristianizada na Europa, em cerca do ano 1.000.

Na antiguidade estes povos não tinham escrita, usavam as runas para inscrições em pedras e madeira. Por volta do século XI foi compilada parte da histório num manuscrito, conhecido como Codex Regius. No início do século XIII, as sagas do manuscrito (que já não estava completo, pois várias páginas haviam-se perdido) foram publicadas, por Snorri Stúrluson, na Islândia, num livro na forma de versos escáldicos. Esta obra, sob o título de Edda (inédito no Brasil) significa avó. Estas histórias não seguem uma cronologia, o que vou criar no meu livro, baseando-me nas histórias publicadas nos Eddas. Mais tarde Snorri publicou também a Edda em Prosa (inédito no Brasil), já totalmente influenciada pelo cristianismo. Também tomarei em conta as obras de historiadores pesquisados e minha experiência na infância.


Também pode-se dizer que J.J.R.Tolkin se inspirou nesta mitologia para escrever seus livros, como a saga do Senhor dos Anéis, O Hobbit, Silmarillion e outros. Os contos dos Irmãos Grimm, Selma Lagerloef também são altamente baseados nestas fontes.